13 Passos para colocar sua Gestão do Imobilizado em Ordem

13 Passos para Colocar sua Gestão do Imobilizado em Ordem em 2025

13 Passos para Colocar sua Gestão do Imobilizado em Ordem em 2025

Passos para Colocar sua Gestão do Imobilizado em Ordem em 2021
 

A gestão do imobilizado é um processo fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Ela ajuda a garantir que os ativos imobilizados sejam utilizados de forma eficiente e que a empresa obtenha o máximo de retorno sobre seu investimento.

De acordo com a pesquisa Cenário do Ativo Imobilizado 2023, realizada pela Afixcode, 68,9% das empresas utilizam dados sobre o patrimônio para embasar decisões de investimento. Isso reforça a crescente conscientização sobre a importância de ter uma visão organizada e confiável dos ativos da empresa para decisões mais estratégicas e eficazes.

Entendemos que cada organização está em um estágio único de maturidade na gestão do imobilizado. Por isso, os passos que apresentamos aqui podem — e devem — ser adaptados à realidade e às necessidades específicas da sua empresa.

Agora, vamos detalhar os 13 passos essenciais para estruturar a gestão do imobilizado e maximizar os resultados na sua organização.

 
 


O que é Gestão de Ativos? 

A gestão de ativos é o processo de gerenciar, monitorar e controlar os recursos de uma empresa. Esses ativos incluem bens físicos, como máquinas, equipamentos e imóveis; bens intangíveis, como patentes, marcas e softwares; além de recursos humanos.

O principal objetivo é garantir o uso eficiente dos ativos para maximizar o retorno sobre o investimento da empresa. Independentemente do tamanho ou setor, implementar a gestão de ativos traz benefícios importantes, como:

  • Cálculo preciso da depreciação: Permite a aplicação correta das taxas de amortização e depreciação, garantindo segurança nos cálculos e conformidade contábil.
  • Redução de custos: Viabiliza a realização de manutenções preventivas, prolongando a vida útil dos ativos e evitando gastos desnecessários.
  • Identificação de "bens fantasmas": O inventário patrimonial ajuda a localizar bens registrados na base contábil, mas inexistentes fisicamente, e identificar ativos ociosos ou avariados, que podem ser vendidos ou realocados.
  • Prevenção de furtos: Facilita a detecção de desaparecimento de bens, promovendo a recuperação ou a adoção de medidas de segurança.
  • Apoio na tomada de decisões: Fornece dados atualizados e precisos para que os gestores tomem decisões mais estratégicas e embasadas.

Se você tem dúvidas sobre como começar, confira nosso passo a passo completo e organize a gestão do seu imobilizado em 2025!

 
 


Passos a passo para colocar a gestão do imobilizado em ordem

 
 

1º Passo: Identifique Todos os Imobilizados

Realizar o inventário físico, é fundamental para a gestão dos ativos imobilizados. O inventário patrimonial consiste na identificação dos bens, coletando todas as informações sobre sua existência física e construindo uma base inicial. Quanto mais informações forem incluídas nesta base de inventário físico, melhor.

Para essa identificação, é recomendável fornecer a cada item, como: marca, modelo, número de série e ano de fabricação, pois isso é crucial para durante a revisão da vida útil. Além disso, é altamente recomendável fotografar os bens para comprovar sua existência e seu bom estado de conservação.

Caso o último inventário geral seja recente, programe vistorias por amostragem e se necessário revisões físicas em locais específicos.

Confira o vídeo abaixo que explica cada uma das etapas do inventário:

2º Passo: Conciliação Contábil

Realizar o levantamento físico por si só não é suficiente sem um bom controle contábil. Esse processo envolve essencialmente a reconciliação das informações físicas com as informações contábeis.

Para obter uma conciliação precisa, é crucial ter um cadastro contábil consistente, com as mesmas informações.

É de extrema importância que esse cadastro seja detalhado, especialmente no controle do ativo imobilizado. Se o cadastro contábil estiver agrupado ou com descrições inadequadas, não será possível conciliar o bem físico com o bem contábil.

O objetivo final da etapa é criar um cadastro analítico do ativo imobilizado, com informações relevantes para a operação diária dos usuários e que reflita a real situação dos bens.

Também temos um vídeo que explica cada uma das etapas da conciliação contábil:

 
 

 3º Passo: Tenha Um Bom Sistema Para A Gestão Do Imobilizado

 
 

A gestão do ativo imobilizado é indispensável para garantir eficiência no controle físico, fiscal, contábil e gerencial dos bens de uma empresa. Um sistema adequado deve ir além do básico, integrando-se com outras plataformas e oferecendo relatórios abrangentes que suportem decisões estratégicas.

No entanto, muitas empresas ainda utilizam módulos de ERPs generalistas para o controle patrimonial, o que pode limitar a eficiência e a profundidade da gestão. Embora esses módulos sejam uma solução inicial, sistemas especializados, como o Afixpat da Afixcode, trazem inúmeras vantagens

Projetado especificamente para a gestão do ativo imobilizado, o Afixpat atende a todas as demandas: controle físico, fiscal e contábil, suporte a múltiplas moedas, cenários de depreciação, e integração com qualquer ERP no mercado. Essa abrangência proporciona uma gestão mais robusta e eficiente.

Um diferencial importante de sistemas especializados é sua capacidade de lidar com o controle fiscal e societário de forma detalhada. Eles garantem que tanto a depreciação fiscal quanto a contábil sejam tratadas adequadamente, evitando falhas que possam impactar a empresa financeiramente.

A Pesquisa Cenário do Ativo Imobilizado 2023 revelou que 85,4% das empresas já utilizam algum tipo de solução automatizada para a gestão patrimonial, sendo que 52,1% dessas optam por módulos de ERP integrados ao negócio. Apesar da ampla adoção dessas ferramentas, a pesquisa destaca o crescente interesse por sistemas especializados, que oferecem maior precisão e funcionalidades avançadas.

Esses dados reforçam a necessidade de uma análise criteriosa para escolher a solução mais adequada. Migrar para um sistema de patrimônio, pode ser o passo essencial para levar a gestão do imobilizado a um novo nível, garantindo não apenas conformidade fiscal, mas também uma gestão estratégica que impulsiona os resultados.

4º Passo: Política de Imobilização / Processo de Imobilização de Novos Bens

É essencial ter uma política de imobilização para evitar a perda de controle sobre o inventário, mesmo após organizá-lo.

Do ponto de vista fiscal, é necessário imobilizar todos os bens com valor superior a R$1.200,00. Contudo, muitas empresas possuem itens de importância durante as atividades que possuem um valor inferior a esse. O recomendável é imobilizar esses itens, mas a decisão depende das regras estabelecidas pela empresa. Mesmo que esses imobilizados não sejam contabilizados, é importante realizar o controle físico desses bens para evitar perdas futuras.

Regra fundamental: todo imobilizado antes de entrar em operação (funcionamento), deve ser identificado e cadastrado no sistema. Esse processo deve ter papeis e responsáveis bem definidos. Um bom processo de imobilização evita muitos problemas e a perda de controle após o inventário geral.

 
 

5º Passo: Política de Desimobilização

Estabelecer uma política de desimobilização é importante tanto para garantir a correta contabilização dos ativos quanto para atender a objetivos estratégicos, como novos investimentos, manutenção da competitividade e benefícios para os colaboradores.

Ao criar essa política, podemos considerar algumas perguntas, como:

  • Com qual frequência os equipamentos de informática devem ser renovados?
  • Os bens usados serão vendidos para colaboradores ou terceiros, ou serão descartados?

O primeiro ponto a ser analisado é o motivo da desimobilização. Se não houver um prazo definido ou se ele for muito longo, equipamentos como computadores podem se tornar obsoletos, reduzindo a produtividade da empresa. Por isso, é fundamental estabelecer um cronograma claro.

No caso de bens como equipamentos de informática ou veículos, muitas empresas optam por vendê-los primeiro aos colaboradores e, caso não sejam adquiridos, buscam comercializá-los no mercado ou como sucata. No entanto, há situações em que a organização decide não vender esses itens, mesmo quando possuem valor de descarte significativo, devido a estratégias específicas. Essa abordagem é cada vez mais comum.

Por fim, é importante lembrar que uma política bem definida de desimobilização influencia diretamente no valor residual dos bens descartados, conforme estabelecido pela CPC 27.

6º Passo: Normas e Procedimentos

Se sua empresa ainda não possui, é fundamental criar um documento que reúna normas e procedimentos específicos para a gestão do ativo imobilizado. Esse documento deve abranger desde o processo de requisição e imobilização, movimentação dos bens (transferências), registro de ocorrências, até a baixa de ativos.

Ter essas diretrizes bem definidas é um passo essencial para padronizar processos e promover maior eficiência. Além disso, a documentação demonstra um nível avançado de maturidade na gestão patrimonial. De acordo com a pesquisa, 76,3% das empresas já adotam normas e procedimentos como parte de sua estratégia de gestão do patrimônio.

Implementar essa prática é mais do que uma obrigação; é uma estratégia para fortalecer a governança dos ativos e garantir maior organização e controle dentro da sua empresa.

7º Passo: Checagem da Taxa de Depreciação Fiscal

Quando o assunto é depreciação de ativos, existem duas contabilidades distintas:

  • Contábil: para atender a questão do físico e custo de venda.
  • Fiscal: para fins contábeis e societários.

Para fins fiscais, a taxa de depreciação deve seguir a IN-1700/17. É importante verificar se todos os bens estão respeitando a taxa de depreciação fiscal estabelecida pelo governo. Isso é fundamental para evitar problemas com a fiscalização.

No entanto, a taxa de depreciação fiscal nem sempre reflete a realidade do uso do bem. Por isso, a CPC 27 introduziu o conceito da vida útil.

8º Passo: Revisão da Vida Útil

A taxa de depreciação fiscal nem sempre reflete o uso real e a depreciação efetiva dos bens. Para abordar essa lacuna, o CPC 27 introduziu o conceito de vida útil, que requer estudos e revisões regulares para garantir sua precisão.

A vida útil de um ativo imobilizado deve ser revisada anualmente, levando em consideração fatores como o uso, a manutenção e as características específicas de cada empresa. Segundo dados da pesquisa sobre procedimentos relacionados ao imobilizado, apenas 22% das empresas realizam essa revisão anualmente. Outras 12,9% revisam a cada 2 ou 3 anos, enquanto 4,9% adotam uma periodicidade de 4 ou 5 anos. Ainda assim, 32,7% já realizaram esse processo, mas não possuem uma política definida, e 27,5% nunca realizaram a revisão de vida útil. Esses números mostram a importância de estabelecer uma rotina estruturada para garantir maior eficiência na gestão patrimonial.

Na Afixcode, contamos com uma equipe especializada de engenheiros que auxilia nossos clientes na análise e revisão da vida útil dos ativos, garantindo conformidade com as normas contábeis e melhores práticas. Caso sua empresa prefira realizar esse processo internamente, é essencial contar com profissionais capacitados e especializados em avaliações patrimoniais.

Investir na revisão periódica da vida útil não apenas melhora a precisão dos registros contábeis, mas também contribui para decisões estratégicas mais embasadas, garantindo maior eficiência e competitividade para o seu negócio.

 
 

9º passo: Manutenção mensal do imobilizado

 
 

Para garantir a correta gestão do ativo imobilizado, é importante realizar mensalmente as seguintes atividades: 

  • Cadastro de aquisições de novos bens, transferências e baixas de bens do ativo imobilizado.
  • Cálculo da depreciação (fiscal e contábil) dos ativos da empresa.
  • Contabilização e verificação dos relatórios de acompanhamento.

É necessário realizar todas essas atividades de forma correta para manter o controle sempre atualizado.

10º Passo: Teste de Recuperabilidade (Impairment)

O teste de Impairment é utilizado para identificar se algum bem está registrado por um valor contábil superior ao seu valor recuperável. Caso isso aconteça, é necessário registrar uma provisão para perda.

O primeiro passo para realizar o teste é definir o método que será utilizado, podendo ser: Valor em uso ou Valor justo líquido de despesa de venda. A empresa tem liberdade para escolher entre os métodos e pode até aplicar os dois, optando pelo que apresentar o melhor resultado. No entanto, para economizar tempo e recursos, geralmente não faz sentido aplicar ambos se o primeiro já atender à necessidade.

Vale destacar que o método de valor justo líquido de despesa de venda é frequentemente recomendado, pois é menos subjetivo e mais prático, especialmente quando a empresa já realizou uma revisão física e possui uma lista de bens a serem avaliados.

Embora o teste de Impairment seja obrigatório desde 31/12/2008, ainda há um número significativo de empresas que não o realizam. De acordo com a nossa pesquisa em 2023, apenas 27,2% das empresas realizam o procedimento anualmente, enquanto 37,9% nunca o fizeram, e 27,2% já realizaram, mas sem política definida. Esse teste é essencial para garantir que os ativos estejam avaliados corretamente, evitando distorções nos relatórios contábeis.

A recomendação é realizar o teste de recuperabilidade anualmente ou sempre que houver indícios de perda. O procedimento pode ser feito internamente, desde que a empresa conte com profissionais capacitados, ou com o apoio de empresas especializadas, como a Afixcode, que oferece toda a expertise necessária para garantir resultados precisos e confiáveis.

 
 
 
 

11º Passo: IFRS 16

Com a atualização da norma IFRS 16 (CPC 06-R2), é necessário avaliar os contratos de arrendamento mercantil para determinar quais se qualificam como direito de uso do imobilizado.

O primeiro passo nesse processo é identificar os arrendamentos, o que envolve a análise detalhada dos contratos. Isso significa verificar se o contrato é, ou contém, um arrendamento. Um contrato é considerado como arrendamento quando concede o direito de controlar o uso de um ativo identificado por um período de tempo em troca de uma contraprestação.

Confira abaixo um quadro que pode ajudá-lo a identificar se o contrato se caracteriza como um arrendamento.

 
 

12º Passo: Crédito de Impostos (ICMS/PIS-COFINS)

O controle de crédito de impostos nem sempre é aplicável a todas as empresas, sendo mais comum em indústrias. É importante analisar se existem créditos de ICMS e/ou PIS-COFINS relacionados ao ativo imobilizado. Esses créditos podem ser aproveitados por até cinco anos retroativos. Vale lembrar que o nosso sistema, o AfixPat, possui um módulo específico para realizar todo esse controle.

Verifique se sua empresa tem créditos de ICMS e/ou PIS-COFINS sobre o imobilizado e se o mesmo representa um valor relevante.

 
 

13º Passo: Revisão Física

 
 

A revisão física do ativo imobilizado é um passo importante para garantir a precisão da gestão do ativo imobilizado. A revisão física consiste na verificação física dos ativos, para verificar se eles estão em boas condições e se estão sendo utilizados de acordo com as políticas da empresa.

A revisão física pode ser feita de forma periódica, por exemplo, uma vez por ano. Isso ajuda a prolongar o prazo de um inventário geral, que é mais trabalhoso e demorado.

Para fazer a revisão física, é importante utilizar um sistema de inventário que integre com o sistema de gestão do ativo imobilizado. Isso facilita o processo e garante que os dados sejam registrados corretamente.

 
 


Aprimore a gestão do imobilizado através da organização correta

Executando os 12 passos acima, você com certeza irá aprimorar a gestão do ativo imobilizado em 2023. Entretanto, gostaríamos de reforçar que a gestão do imobilizado é um processo contínuo que nunca acaba, devendo ser aprimorada e revisada constantemente.

Para finalizar, indicamos mais alguns materiais gratuitos da AFIXCODE que podem te ajudar a definir pontos essenciais para a organização da gestão do imobilizado, confira:

Otimize a gestão do Ativo Imobilizado com a Afixcode! Soluções completas, serviços especializados e uma equipe de suporte diferenciada. Em caso de dúvidas, fale com nossos especialistas.

 
 

 
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Glauco Oda
Glauco Oda
Glauco Oda é bacharel em Ciência da Computação formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista (CRC 1SP326596), atual CEO da AfixCode Patrimônio e Avaliações, e sócio/diretor da OTK Sistemas e AfixGraf Soluções Gráficas. Carreira profissional toda desenvolvida na gestão do controle do Ativo Imobilizado, tendo participado de todas as fases e inúmeros projetos em mais de 20 anos de atuação profissional. | LinkedIn: /in/glaucooda

4 Comments

  1. Gostaria de fazer parte da empresa, tenho experiência em inventários, custos, finanças

    RESUMO DE QUALIFICAÇÕES

    • 28 anos de experiência na área Financeira, com perfil Generalista, atuando em empresas de grande porte nos ramos metalúrgico, aeronáutico e de consultoria , ocupando durante 21 anos posição de gestão;
    • Forte experiência na área Fiscal, Contabilidade, Custos & Orçamentos, Tesouraria, Controladoria, Suprimentos, Auditoria , e Gestão de KPIs;
    • Experiência na Gestão de Capex (investimentos: expansão da capacidade instalada e manutenção da unidade fabril),
    • Experiência na área de Consultoria em implementação de ferramenta de ERP (BPCS) ;
    • Experiência em Liderança de Equipes, e Equipes Multifuncionais , com forte atuação em treinamento e desenvolvimento para busca de resultados;
    • Graduação em Administração de Empresas e Pós Graduação em Administração Financeira Contábil.

  2. Foi importante ter tido a oportunidade de ler o vosso trabalho, que concerne na gestão do imobilizado,gostei.

  3. ótimo trabalho e de grande utilidade, parabéns,. quero receber novos comentário da equipe.

  4. Nado Luis disse:

    Muito importante este tema e foi bem falado neste conteudo, eu gostaria que falasse mais aos metodos ou aplicativos que possa ajudar a colecta de dados no fisico em comparacao com sistemas de contabilidade.

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