Auditoria do Ativo Imobilizado: 3 Pontos para Passar sem Ressalvas


Desde 2007, o ativo imobilizado tornou-se um ponto de maior atenção nas auditorias. Por isso, manter uma gestão bem estruturada é essencial para passar sem ressalvas na auditoria do ativo imobilizado e evitar prejuízos econômicos à empresa.
Um dos principais motivos para a contratação dos nossos serviços de inventário patrimonial e avaliações é o atendimento às exigências das auditorias independentes externas. Desde a publicação da Lei 11.638/07, em 2007, o ativo imobilizado passou a ter um papel mais relevante nos processos de auditoria.
Essa mudança trouxe um novo desafio para os responsáveis pela área patrimonial: garantir um parecer sem ressalvas do auditor. Com base em nossa experiência em controle patrimonial, neste artigo abordaremos os principais pontos analisados pelas 'Big Four' (EY, PwC, Deloitte e KPMG).
Continue lendo e descubra como passar sem ressalvas pela auditoria do ativo imobilizado na sua empresa.
Introdução: Objetivo da Auditoria
A auditoria tem como objetivo principal aumentar a confiança dos usuários nas demonstrações contábeis. Para isso, o auditor emite uma opinião sobre se essas demonstrações foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
De acordo com as NBC TAs (Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica de Auditoria), o auditor deve obter uma segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes, seja por fraude ou erro.
O processo de auditoria é baseado em procedimentos sistemáticos que utilizam a verificação por amostragem das informações contábeis. Após a auditoria, o auditor emite sua opinião, que pode ser:
- Não modificada: quando as demonstrações estão sem ressalvas.
- Modificada, nos seguintes casos:
- Ressalva: quando há distorções relevantes, mas não generalizadas.
- Adversa: quando as distorções relevantes são generalizadas.
- Abstenção de opinião: quando não foi possível obter evidências suficientes, os possíveis efeitos podem ser relevantes e generalizados.
Uma opinião modificada pode gerar prejuízos significativos para a empresa, afetando sua situação financeira devido à perda de investidores, dificuldades de crédito, e também comprometendo sua marca e reputação no mercado.
3 Principais Pontos Auditados no Ativo Imobilizado

A auditoria externa no ativo imobilizado concentra-se em três aspectos principais, fundamentais para garantir a integridade e confiabilidade das informações patrimoniais da empresa. A seguir, detalhamos cada um desses pontos para simplificar sua compreensão.
1) Inventário / Revisão:
O primeiro aspecto avaliado é o inventário físico. A auditoria verifica se os bens estão devidamente identificados, ou seja, se possuem plaquetas de patrimônio. Além disso, analisa como foi realizado o inventário ou a revisão física, confirmando se as informações coletadas estão alinhadas com os registros no sistema de controle patrimonial.
Esse processo é feito por amostragem e também envolve a análise de como são realizados os procedimentos de imobilização e baixa de bens. Outro ponto de atenção é a última revisão ou inventário físico, bem como a coerência das classificações contábeis com os registros. Por fim, a auditoria avalia se a empresa possui sistemas e controles internos que assegurem a qualidade do inventário físico.
2) Depreciação:
O segundo foco da auditoria é a depreciação dos ativos. Nesse contexto, os auditores verificam:
- Quando e como foi realizada a última revisão da vida útil dos bens.
- Se existe um procedimento sistemático para essa revisão, considerando fatores como mudanças nas políticas da empresa ou condições ambientais.
- A política de desmobilização e a aplicabilidade do valor residual.
- A conformidade das taxas de depreciação fiscal com as exigências do Fisco.
A validade do laudo, a metodologia empregada e as premissas utilizadas para a determinação da vida útil também são analisadas para garantir que estejam em conformidade com as normas.
3) Teste de recuperabilidade (Impairment test):
O terceiro ponto crucial é o teste de recuperabilidade, também conhecido como impairment test. Aqui, a auditoria avalia:
- A data e a metodologia do último teste realizado.
- Os critérios e premissas adotados, incluindo a escolha entre valor em uso ou valor líquido de despesa de venda.
- O processo de avaliação dos bens, incluindo a validade do laudo e a consistência das premissas com as normas aplicáveis.
- Se há uma política sistemática para a revisão periódica do teste de recuperabilidade.
A análise detalhada dos laudos de impairment e das normas seguidas garante a precisão e a adequação desse processo.
É importante ressaltar que toda auditoria é baseada em amostragem. Isso significa que os auditores analisam uma parcela representativa dos registros e extrapolam os resultados para avaliar se a gestão do ativo imobilizado da empresa está adequada.
Com base nesses três pilares, a auditoria assegura que os processos relacionados ao ativo imobilizado estejam em conformidade com as melhores práticas e exigências legais, fornecendo segurança tanto para a empresa quanto para seus stakeholders.
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