Entenda de vez tudo sobre a tecnologia RFID e conheça sua história, exemplos de aplicação e como utiliza-la na gestão do ativo imobilizado.
A tecnologia RFID, apesar de não ser recente, as empresas ainda não a implementam com frequência em suas gestões do imobilizado, é o que aponta a pesquisa Cenário do Ativo Imobilizado 2020, produzida pela Afixcode.
De acordo com a pesquisa, 32,43% dos respondentes acreditam que esta é uma solução excelente para o controle do imobilizado, entretanto, apenas 7,43% das empresas entrevistadas de fato usam a tecnologia para identificar os bens patrimoniais.
Como as opiniões sobre a tecnologia são variadas, inclusive, 39,86% na pesquisa disseram que não tem conhecimento total sobre a tecnologia, decidi escrever este artigo explicando mais sobre o RFID, apresentar sua história, explicar as principais características técnicas e formas de aplicação mais comuns. Nosso objetivo é que você entenda mais sobre a tecnologia para poder analisar as vantagens reais para sua gestão de ativos patrimoniais e no geral para seu negócio.
Confira o que abordaremos neste artigo e continue a leitura.
As aplicações da tecnologia de RFID vem crescendo rapidamente em diversos segmentos, em alguns casos substituindo o código de barras e em outros suprindo uma lacuna onde a leitura do código de barras era inviável.
Exemplos: Cobranças de pedágio automática, controle de estoque, identificação dos atletas em modalidades esportivas, rastreamento de ativos biológicos, aplicações hospitalares, bibliotecas, segurança, controle de ativos(imobilizados), entre outras.
A tecnologia de RFID tem origem nos sistemas de radares utilizados na Segunda Guerra Mundial, os alemães, japoneses, americanos e ingleses utilizavam radares, entretanto o problema era identificar dentre os aviões qual era inimigo e qual era aliado.
Os ingleses, sob o comando do físico escocês Sir Robert Alexander Watson-Watt, desenvolveram o primeiro identificador de avião amigo ou inimigo (IFF – Identify Friend or Foe), foi colocado um transmissor em cada avião britânico, assim quando esses transmissores recebiam sinais das estações de radar em solo, começavam transmitir um sinal de resposta, que identificava o avião como amigo.
O princípio básico de funcionamento do RFID é o mesmo, um sinal é enviado a um transponder (chip), o qual é ativado e reflete de volta um sinal (etiqueta passiva) ou transmite seu próprio sinal (etiqueta ativa).
Existem dois tipos principais de etiquetas de RFID, confira abaixo as diferenças entre elas:
Não emite sinal de rádio, apenas responde ao sinal que é emitido pela antena ou coletor de dados móvel com a captura RFID. Normalmente tem suas informações gravadas permanentemente de fábrica, porém algumas são regraváveis.
Tem sua própria fonte de energia (bateria interna) portanto emite o sinal de rádio permitindo sua leitura a distâncias maiores; geralmente possuem uma capacidade de armazenamento de informações grande e seu encapsulamento pode ser feito para resistir a ambientes hostis.
Confira na tabela abaixo o comparativo entre as principais características das Etiquetas RFID passivas e ativas:
Característica | Etiqueta RFID Passiva | Etiqueta RFID Ativa |
---|---|---|
Bateria Interna: | Não | Não |
Distância de Leitura: | Pequena | Grande |
Capacidade Armazenamento de Informações: | Geralmente Pequena | |
Permite Regravação: | Geralmente Sim | Geralmente Sim |
Tipo de Encapsulamento: | Diversos: Depende da Aplicação | Diversos: Depende da Aplicação |
Custo: | Baixo | Alto |
O custo de uma etiqueta de RFID irá depender de alguns fatores. Tendo as tags passivas como padrão para as maiorias das aplicações, as mesmas ainda podem ser divididas em dois grandes grupos: as etiquetas para bens metais e para os bens não metais.
A diferença de uma para outra é o tipo de encapsulamento: no caso das “para bens metais”, são projetadas para bens eletrônicos que podem sofrer algum tipo de interferência prejudicando a distância de leitura da tag. Outra variável que acaba influenciando o custo são as quantidades adquiridas, pois quanto maior a quantidade, menor o custo.
Como referência básica citamos os exemplos abaixo (os custos são em dólar).
Um portal RFID é constituído por uma ou um conjunto de antenas estrategicamente instaladas em um ponto de acesso (exemplo: uma porta), tendo como objetivo identificar todos as tags RFID que passem por esse portal.
Juntamente com um software (midleware), o portal irá fornecer dados (eventos) para outros softwares com a inteligência e regras de negócio tratarem esses eventos.
O controle do ativo imobilizado no Brasil vem evoluindo com o avanço das novas tecnologias e da informática, tratando sob o olhar das etiquetas para o controle do patrimônio podemos dizer que estamos prestes para entrar na 3ª geração:
Uma etiqueta de patrimônio RFID basicamente é o chip e antena que podem ser encapsulados em diversos formatos e materiais como: plástico, tecido, madeira, couro, vidro, epóxi, etc, de forma a assegurar a total proteção ao chip ao mesmo tempo que assegura a integridade da aplicação para a qual foi projetado: ambientes limpos até ambientes hostis, altas temperaturas, ambientes úmidos, produtos corrosivos, etc.
O principal componente de uma etiqueta de patrimônio RFID é o “chip” que possui uma memória onde são armazenados os dados, que são enviados ao leitor quando o chip for ativado pelo campo eletromagnético do leitor.
Nota: Muitas empresas que estão implantando a tecnologia de RFID para o controle do ativo imobilizado estão optando por etiquetas (Tags) na qual no seu encapsulamento é gravado também o código de barras, sendo possível dessa forma aproveitar o legado da tecnologia anterior e utilizar as duas tecnologias.
A gestão patrimonial com RFID é um conjunto que envolve 3 grandes pilares: tecnologia (hardware) + software + processos (pessoas), sendo necessário que esses 3 pilares estejam muito bem alinhados e integrados para se obter os resultados desejados.
O mais importante dos pilares é o alinhamento de processos da gestão patrimonial, em especial o processo de imobilização de novos bens adquiridos, pois se esse processo não funcionar corretamente todo investimento e benefícios da tecnologia podem não valer nada.
Por fim temos os softwares, e tal tecnologia somente será útil se os softwares estiverem integrados e possibilitarem os ganhos de produtividade nos processos de revisão física do imobilizado.
Um leitor de RFID é o equipamento que irá fazer a leitura das etiquetas de RFID, existem dezenas de fabricantes e modelos diferentes.
Em nossos inventários, utilizamos leitores portáteis de RFID que se comunicam com o smartphone (que contém o sistema) através de uma comunicação bluetooth.
A que distância do leitor o tag pode ser lido, isto constitui o fator mais importante para o sucesso de um sistema de controle patrimônio RFID.
Os principais fatores que influenciam a distância da leitura são: tipo de tag (ativa ou passiva), potência do leitor, (frequência), tamanho da antena, material de encapsulamento, etc.
Existem algumas restrições de ordem técnica como distância de leitura, posicionamento, obstáculo frequência de operação do RFID, etc, para a seleção de etiqueta de patrimônio RFID:
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As etiquetas de patrimônio RFID podem ser fixadas utilizando adesivos consagrados no mercado que servem para todos os tipos de superfícies metálicas e não metálicas, lembrando que a superfície metálica diminui a distância de leitura da etiqueta e portanto há a necessidade de encapsular com materiais que isolam campos magnéticos.
A posição de colagem da etiqueta pode também influenciar a distância de leitura, geralmente as extremidades são os melhores locais. Porém, aconselhamos antes de iniciar um inventário fazer a realização de testes reais para a definição e padronização do melhor local.
Um sistema de controle de patrimônio RFID básico compõe-se de:
O sistema AfixInv+, Software de Inventário Físico Patrimonial da Afixcode, reduz em até 10 vezes o custo total do inventário da sua empresa. Confira o vídeo abaixo e entenda mais como ele funciona:
A AfixCode já está preparada para a tecnologia RFID, oferecendo as etiquetas de patrimônio RFID (venda própria), o serviço de inventário físico e o AfixInv – Sistema de Inventário Físico. Conheça nossa solução de Inventário de Patrimônio com Etiquetas RFID.