O que é Ativo Fixo? Conceitos, Exemplos e Importância de Controlar
Você já parou para pensar em como a gestão eficaz dos ativos fixos pode transformar a saúde financeira de uma empresa? Muitas vezes negligenciado, o ativo fixo vai além de máquinas e equipamentos. Ele é um pilar essencial que sustenta a operação e o crescimento de qualquer organização.
A maioria dos empresários, ao avaliar o valor de seus negócios, focam exclusivamente nas vendas e no lucro. Raramente eles consideram uma coisa fundamental: os Ativos Fixos. Em empresas de diferentes tamanhos, esse é um assunto que merece muito mais atenção do que lhe é dispensado. Mas, afinal, o que é Ativo Fixo?
Primeiramente, é importante que você não confunda com imóveis. Esse é um engano comum, gerado em função da palavra “fixo”. No entanto, o conceito engloba bens móveis e imóveis, tais como edifícios, computadores, carros, máquinas e equipamentos, etc.
Saiba mais sobre o assunto a seguir!
O que é Ativo Fixo?
De acordo com a Lei 12.973/2014, um ativo fixo, também chamado de ativo imobilizado, é um bem tangível com vida útil superior a um ano e que custa mais de R$ 1.200,00.
Para ser considerado um ativo fixo, o bem não pode ser comprado com a intenção de revenda imediata, mas sim para ser usado nas operações da empresa. Por exemplo, itens de estoque, que são comprados para serem revendidos ou incorporados a produtos para venda, não se qualificam como ativos fixos.
Uma observação importante é sobre o valor mínimo. Embora a lei determine o registro de bens acima de R$ 1.200,00 como ativos fixos, as empresas podem, se acharem relevante, registrar também bens de valores menores. No entanto, essa prática não é obrigatória.
Ativos Fixo Exemplos
Ativos fixos são essenciais para as operações de uma empresa e podem variar bastante em tipo e função. Aqui estão alguns exemplos comuns:
- Terrenos e Edifícios: Incluem escritórios, fábricas, armazéns e terrenos onde as instalações da empresa estão localizadas. Esses ativos geralmente têm uma longa vida útil e não se desgastam facilmente.
- Máquinas e Equipamentos: Englobam todos os tipos de máquinas industriais, ferramentas e equipamentos usados na produção de bens ou na prestação de serviços. Por exemplo, uma empresa de manufatura pode ter prensas hidráulicas, torno e linhas de montagem como ativos fixos.
- Móveis e Utensílios: Referem-se aos móveis de escritório, como mesas, cadeiras, armários e outros itens de mobília utilizados no dia a dia da empresa.
- Veículos: Automóveis, caminhões, vans e qualquer outro tipo de veículo usado para operações comerciais, entregas ou transporte de funcionários e materiais.
- Equipamentos de Informática: Computadores, servidores, impressoras, scanners e outros dispositivos tecnológicos essenciais para as operações administrativas e técnicas da empresa.
Ativo Tangível e Intangível
A principal distinção entre bens tangíveis e intangíveis está em sua forma física: os tangíveis têm uma existência corpórea, enquanto os intangíveis são não-corpóreos.
Bens Tangíveis: Os bens tangíveis são aqueles que possuem uma forma física, são duráveis e seu valor pode ser medido. Exemplos incluem máquinas, prédios, equipamentos, veículos, computadores e outros bens corpóreos que podem ser tocados e têm materialidade.
Bens Intangíveis: De acordo com a definição do CPC 04, ativos intangíveis são recursos controlados pela empresa que têm potencial para gerar benefícios futuros. Entre eles estão licenças, marcas, softwares, patentes, direitos autorais e direitos de exibição de filmes.
Esses ativos devem ter uma vida útil superior a um ano e precisam ser identificáveis. A principal diferença entre um bem tangível e um intangível é que o intangível não possui uma forma física.
Comos os ativos fixos são contabilizados?
Os ativos fixos são registrados na contabilidade pelo seu valor de compra inicial. A partir daí, eles passam por algumas transações contábeis importantes:
- Depreciação (para ativos tangíveis) ou amortização (para ativos intangíveis): Conforme você utiliza um ativo fixo, ele se desgasta e perde valor. A depreciação e a amortização refletem essa perda de valor na contabilidade, reduzindo o valor do ativo mês a mês até que seu valor residual chegue a zero.
- Redução ao valor recuperável: Segundo o CPC 27, o valor de um ativo fixo não pode exceder seu valor recuperável, que é o valor de custo menos a depreciação acumulada (valor contábil). Esse valor contábil deve ser igual ou menor ao valor que o ativo pode gerar para a empresa ou ao seu valor de venda no mercado.
- Ativo fixo mantido para venda: Quando uma empresa decide vender um ativo fixo que não usa mais em suas operações, deve parar de calcular a depreciação e registrá-lo em uma conta específica para venda.
Agora que você entende o que é um ativo fixo e como ele é contabilizado, vamos explorar a importância de gerenciar esses bens de forma adequada.
Como fazer o Saneamento do Ativo Fixo?
Para realizar um bom saneamento do ativo fixo, é essencial entender que não existe uma regra universal. O processo envolve a análise de discrepâncias tanto físicas quanto contábeis e requer uma investigação aprofundada.
Primeiramente, é importante identificar por que existem sobras físicas e contábeis. Essas sobras podem ocorrer por diversos motivos. Por exemplo, uma sobra física pode surgir devido à movimentação de ativos que não foi registrada corretamente, enquanto uma sobra contábil pode ser resultado de erros na contabilização ou na depreciação dos ativos.
Para saber mais, confira o e-mail do nosso CEO, Glauco Oda, onde ele conta qual a melhor forma de fazer o saneamento de ativos. Confira:
Por que é importante controlar os ativos?
Gerenciar os ativos fixos da empresa é uma tarefa importante que pode economizar dinheiro e tempo. Também é uma forma eficiente de evitar furtos, planejar manutenção e trocas futuras, etc.
Não é incomum, por exemplo, encontrar empresas que não sabem quantas mesas, computadores ou móveis que ela possui. Isso pode levar a inconsistências contábeis e cálculos incorretos de depreciação.
Imagine o seguinte exemplo: A empresa XPTO possui 60 computadores e nenhum controle de seus ativos fixos. Devido a um incidente na rede elétrica, 5 desses equipamentos foram queimados e precisam ser trocados. A contabilidade precisará dar baixa nos 5 itens danificados, porém, sem gerenciamento adequado, essa simples tarefa poderá se estender por dias.
Embora pareça banal, dar baixa em um ativo fixo é muito importante para o negócio, pois pode impactar diretamente no cálculo do Imposto de Renda. Se a contabilidade não proceder corretamente, a empresa poderá sofrer graves punições caso seja autuada pela Receita Federal.
Conheça as principais razões pelas quais a empresa deve investir em controle dos ativos fixos:
1.Facilita toda atividade
Gerenciar os ativos permite que a organização tenha um controle total sobre seus bens. Com uma simples busca no sistema, é possível saber exatamente onde cada item está, como estão sendo utilizados e quando foram feitas as últimas manutenções. Isso garante que, em caso de adequações, todo o processo aconteça de forma mais fluida e organizada.
2. Dá segurança ao cálculo da depreciação
Gerenciar ativos é importante para assegurar que as taxas de amortização e depreciação sejam precisas. Isso exige um controle rigoroso da data de entrada e saída de cada ativo, seu valor de compra e sua vida útil.
Ao utilizar um software de controle de ativos, esse processo se torna mais seguro e preciso, evitando possíveis autuações fiscais e garantindo uma contabilidade correta e transparente.
3. Ajuda a reduzir custos
A manutenção preventiva de ativo fixo é um fator muito importante para reduzir custos. Se for corretamente planejada, ela aumenta a vida útil dos bens, além de não prejudicar a operação da empresa.
Somente com um controle eficiente é possível acompanhar e elaborar um plano eficiente de manutenção de imobilizado.
4. Detecta “bens fantasmas”
O inventário físico é um procedimento muito importante no gerenciamento de ativo fixo. Com sua realização, é possível identificar inconsistências entre a quantidade física e a quantidade contábil.
O inventário também é essencial para identificar itens danificados ou sem uso, permitindo que sejam consertados, realocados ou vendidos, garantindo que voltem a gerar valor para a empresa.
5. Ajuda a reduzir furtos
Como você pode controlar algo que nem sabe que possui? Esta é uma tarefa desafiadora, não é mesmo? Se uma empresa não tem um controle preciso de seus ativos, dificilmente perceberá o desaparecimento de itens de menor valor ou daqueles que possui em grande quantidade.
Por outro lado, com um gerenciamento eficiente, a empresa conseguirá identificar qualquer desaparecimento de ativo fixo e implementar métodos para recuperá-los, além de prevenir que esses incidentes ocorram novamente.
Conclusão
Implementar um software de controle de ativos fixos não só melhora a precisão e eficiência na gestão, mas também ajuda a prevenir perdas e a tomar decisões estratégicas mais assertivas. Com um controle adequado, é possível detectar e solucionar problemas antes que se tornem grandes obstáculos.
Além disso, um bom sistema de gestão de ativos simplifica o processo de auditoria e conformidade regulatória, garantindo que a empresa esteja sempre em dia com suas obrigações. Isso não só evita multas e penalidades, mas também fortalece a confiança dos investidores e partes interessadas.
E já que tocamos no assunto, conheça 8 erros comuns no inventário físico de bens patrimoniais e saiba como evitá-los.
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