Inventário Patrimonial em Bancos e Instituições Financeiras: entenda a importância e desafios


Instituições financeiras como bancos, seguradoras, corretoras e financeiras precisam seguir regras específicas do Banco Central para manter o controle do seu ativo imobilizado em dia. E quando falamos de inventário patrimonial nesse setor, o desafio é grande — principalmente por causa do número de agências, filiais e postos de atendimento espalhados pelo país.
Neste conteúdo, damos continuidade à nossa série sobre inventário patrimonial em setores específicos. Agora, o foco é o segmento financeiro — que inclui desde bancos de varejo até seguradoras e corretoras de valores.
Com mais de 20 anos de experiência no mercado, a Afixcode já realizou projetos de inventário patrimonial para algumas das maiores instituições financeiras do Brasil. Por isso, reunimos aqui dicas práticas, os principais desafios e os motivos que tornam o inventário patrimonial uma etapa essencial para a organização, segurança e valorização do patrimônio dessas empresas. Continue a leitura!
- Regras sobre o Ativo Imobilizado para Instituições Financeiras
- Frequência de Inventário Patrimonial nas Instituições Financeiras
- Desafios do inventário físico do imobilizado em Instituições Financeiras
- Etiquetas RFID VS Etiquetas de Patrimônio Tradicionais
- Conte com a Afixcode para a realização do seu Inventário
Regras sobre o Ativo Imobilizado para Instituições Financeiras
As instituições financeiras precisam seguir regras específicas do Banco Central quando o assunto é ativo imobilizado. A principal norma que trata do tema é a Resolução nº 4.535, publicada em 24 de novembro de 2016.
Essa resolução deixa claro como é importante ter um controle patrimonial bem estruturado. Para reforçar isso, a seguir mostramos um trecho da norma que destaca a relevância da boa gestão do imobilizado.
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem registrar no ativo imobilizado de uso os bens tangíveis próprios e as benfeitorias realizadas em imóveis de terceiros, destinados à manutenção das suas atividades ou que tenham essa finalidade por período superior a um exercício social.
Parágrafo único. O disposto nesta Resolução não se aplica às administradoras de consórcio e instituições de pagamento, que devem observar a regulamentação emanada do Banco Central do Brasil, no exercício de suas atribuições legais.
Art. 2º Os ativos imobilizados de uso devem ser reconhecidos pelo valor de custo, que compreende:
I - o preço de aquisição ou construção à vista, acrescido de eventuais impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra;
II - os demais custos diretamente atribuíveis, necessários para colocar o ativo no local e condição para o seu funcionamento; e
III - a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do ativo e de restauração do local em que está localizado, caso a instituição assuma a obrigação de arcar com tais custos quando da aquisição do ativo.
(continua...)
Art. 6º A depreciação do imobilizado de uso deve ser reconhecida mensalmente em contrapartida a conta específica de despesa operacional.
- 1º Para fins do disposto neste artigo, considera-se:
I - depreciação, a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo imobilizado de uso ao longo da sua vida útil;
II - valor depreciável, a diferença entre o valor de custo de um ativo e o seu valor residual;
III - valor residual, o valor estimado que a instituição obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse as condições esperadas para o fim de sua vida útil; e
IV - vida útil, o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo.
- 2º Cada componente de um ativo imobilizado de uso com custo significativo em relação ao custo total do ativo deve ser depreciado separadamente.
- 3º A depreciação deve corresponder ao valor depreciável dividido pela vida útil do ativo, calculada de forma linear, a partir do momento em que o bem está disponível para uso.
- 4º As estimativas do valor residual e da vida útil dos ativos imobilizados de uso devem ser revisadas no final de cada exercício ou sempre que houver alteração significativa nas estimativas anteriores.
Art. 7º O valor contábil de um ativo imobilizado de uso deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou quando não houver expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
(continua...)
Frequência de Inventário Patrimonial nas Instituições Financeiras
Os dados mais recentes da Pesquisa Cenário do Ativo Imobilizado 2023 mostram que 83,3% das instituições financeiras realizam o inventário físico do imobilizado todos os anos. Esse é um dos percentuais mais altos entre todos os segmentos analisados.
Esse índice demonstra que os bancos e instituições financeiras tratam o controle patrimonial com alto nível de seriedade e organização. A prática recorrente do inventário mostra que essas empresas reconhecem a importância de manter os dados do ativo imobilizado atualizados — seja para atender normas do Banco Central, auditorias ou para garantir uma boa governança patrimonial.
Além das instituições financeiras, outros segmentos com forte adesão à prática anual do inventário são:
- Agrícola ou Mineração
- Software e Cloud
- Telecomunicação
- Órgãos Públicos
Já os setores de Comércio, Indústrias, Hospitais e Química/Farmacêutica apresentam os piores índices — mais de 30% das empresas desses segmentos disseram não ter nenhuma política definida para revisão do inventário.
Desafios do inventário físico do imobilizado em Instituições Financeiras
Cuidados com os dados financeiros:

Alguns locais exigem atenção redobrada durante o inventário patrimonial — especialmente o datacenter (servidores) e a mesa de operações. Isso porque nessas áreas passam informações e valores muito sensíveis para a instituição.
Para garantir que tudo seja feito com segurança, a Afixcode coloca técnicos experientes nesses projetos e todo o trabalho é acompanhado pela equipe interna de TI do cliente. Isso evita riscos e garante que o processo ocorra sem interferir na operação.
Além disso, é comum que essas instituições exijam documentação rigorosa dos fornecedores e processos bem definidos para assegurar o sigilo de dados dos clientes e da estrutura patrimonial.
Viabilidade do inventário em locais com poucos itens:

Outro desafio comum — principalmente nos bancos de varejo / cooperativas financeiras — é a grande quantidade de agências e postos espalhados pelo Brasil. Muitas vezes, cada local tem poucos itens, mas está longe dos grandes centros. Isso pode tornar o projeto inviável financeiramente se for feito de forma tradicional.
Para resolver esse problema, a Afixcode oferece duas opções:
- Inventário por listagem: abordagem remota e mais simples;
- Inventário Físico Virtual: plataforma online desenvolvida internamente.
Com ela, o colaborador da unidade recebe um link de acesso e consegue:
- Confirmar ou excluir bens que estão sob sua responsabilidade;
- Adicionar observações e justificativas;
- Cadastrar novos itens que não estavam na lista;
- Anexar fotos e informar o estado de conservação.
Essa solução torna o inventário viável mesmo em unidades com poucos bens, sem a necessidade de deslocamento de técnicos.
Etiquetas RFID VS Etiquetas de Patrimônio Tradicionais

Hoje, ainda são poucas as instituições financeiras que usam a tecnologia RFID nas etiquetas patrimoniais de forma mais ampla.
Na nossa visão, para empresas de varejo, que lidam diretamente com o público e têm muitos pontos de atendimento, o uso do RFID ainda não compensa. Isso acontece por dois motivos principais:
- O custo da tecnologia pouco mais elevado;
- As tags RFID podem se danificar com facilidade em ambientes mais expostos.
Nesses casos, a melhor opção continua sendo a etiqueta de alumínio com código de barras, que tem um ótimo custo-benefício e é muito resistente.
Por outro lado, para instituições mais centralizadas, com estrutura mais robusta e políticas de gestão patrimonial bem definidas, o RFID pode sim ser uma boa escolha. Principalmente porque ajuda a reduzir os custos das revisões físicas no futuro, trazendo mais agilidade e controle.
Conte com a Afixcode para a realização do seu Inventário
As instituições financeiras têm exigências específicas e não dá pra arriscar quando se trata de controle patrimonial. Boas práticas, tecnologia adequada e um parceiro com experiência no setor fazem toda a diferença. Se a sua instituição precisa de apoio em qualquer etapa — identificação, inventário, avaliação ou software — a Afixcode está pronta para ajudar. Entre em contato para conversar com um dos nossos consultores.
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