Como Calcular Depreciação do Ativo Imobilizado | Afixcode

Como Calcular a Depreciação do Ativo Imobilizado: Conheça os Principais Métodos

Como Calcular a Depreciação do Ativo Imobilizado: Conheça os Principais Métodos

Como Calcular Depreciação do Ativo Imobilizado
 

Entenda de vez o que a depreciação, sua importância para o negócio e como calcular a depreciação do ativo imobilizado na prática e com exemplos. Confira!  

Bens como móveis, veículos, máquinas e equipamentos sofrem a depreciação, ou seja, sofrem desvalorização com o tempo, seja pelo uso frequente, obsolescência ou desgaste natural. 

Além de obrigatório para todas as empresas de Lucro Real, o cálculo da depreciação também é importante para ajudar os gestores a tomarem decisões sobre o negócio e traçar melhores estratégias sobre investimentos em bens do ativo imobilizado da empresa. 

Porém, antes de realizar o cálculo, é importante entender ter claro quais bens são depreciáveis, os tipos de depreciação e o que é aceito pela Receita Federal Brasileira. 

Por isso, neste artigo, reunimos todas as principais informações que você precisa para entender de vez como calcular a depreciação do ativo imobilizado. Confira abaixo todos os tópicos do conteúdo:

 
 


Definição de ativo imobilizado (CPC-27)

Ativo imobilizado é o item tangível que:

  1. é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos;
  2. e se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Um ativo é um bem ou direito que a entidade possui e que pode ser convertido em meios monetários.

Exemplos de ativos imobilizados

Existem tantos tipos de ativos que uma alternativa foi separá-los em classes, como mostra abaixo algumas classes de ativos disponibilizados no plano de contas referencial da RFB (Receita Federal Brasileira):

  • Terrenos (como imóveis);
  • Edifícios e Construções (como imóveis);
  • Construções em Andamento (como imóveis);
  • Benfeitoria em Imóveis de Terceiros;
  • Máquinas, Equipamentos e Instalações Industriais;
  • Móveis, Utensílios e Instalações Comerciais;
  • Veículos, dentre outros.
 
 


O que é depreciação?

Depreciação é a desvalorização do ativo. Essa desvalorização ocorre em algumas situações, tais como:

  1. Desgaste devido sua utilização com o passar do tempo;
  2. Obsolescência técnica: quando a manutenção torna-se impraticável, seja por seu custo alto ou por seu uso ser substituível por uma nova solução mais eficaz.

Por fim, vale lembrar que a obrigatoriedade de contabilização (para fins fiscais) como imobilizado, são bens com vida útil acima de um ano e seu valor seja igual ou superior a R$ 1.200,00. Caso o valor seja inferior aos R$ 1.200,00 este ativo poderá ser lançado direto como despesa ou como imobilizado (desde que como opção da empresa).

 
 
 
 


Para que serve a taxa de depreciação?

A taxa de depreciação serve para registrar o desgaste efetivo dos ativos de uma empresa, podendo ser pelo uso, ação do tempo, perda de utilidade ou por sua obsolescência.

Para empresas em que sua forma de tributação é o Lucro Real, o cálculo e reconhecimento da depreciação são obrigatórios.

Você sabia que existem benefícios na depreciação? Quando é realizada a depreciação dos ativos, é reduzido também o valor do IR e CSLL uma vez que essa depreciação é contabilizada como uma despesa para a empresa.

 
 


Bens depreciáveis e não depreciáveis

De acordo com o CPC 27 (Pronunciamento Técnico 27), cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.

Se existir componentes e um mesmo item com a mesma vida útil e método de depreciação, esses componentes poderão ser agrupados no mesmo cálculo. Isso é permitido pelo fato de que os componentes de um equipamento sempre têm a mesma vida útil da parte principal.

Alguns exemplos de bens depreciáveis

  1. Edifícios e construções: imóveis utilizados na operação da empresa;
  2. Bens móveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade, no estabelecimento da administração e nas atividades operacionais instalados em estabelecimento da empresa;
  3. Máquinas e equipamentos utilizados no desempenho das atividades de contabilidade, no estabelecimento da administração e nas atividades operacionais instalados em estabelecimento da empresa;
  4. Bens móveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos;
  5. Bens móveis, locados pela pessoa jurídica que tenha a locação como objeto de sua atividade;
  6. Veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitários utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda, de matéria-prima, de produtos intermediários e de embalagens, aplicados a produção;
  7. Os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizadas pelos cobradores, compradores e vendedores, nas atividades de cobrança, compra e venda, bem como os utilizados nas entregas de mercadorias;
  8. Os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados;
  9. Os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel pela pessoa jurídica que tenha objeto essa espécie de atividade.

Alguns exemplos de bens não depreciáveis

  1. Terrenos;
  2. Prédio ou construções não alugados e nem utilizado na operação da empresa;
  3. Bens que aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidades;
  4. Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão, como produtos de exploração de minas e florestas;
 
 


O que pode ocasionar depreciação? 

Geralmente, os fatores mais comuns que levam a depreciação dos ativos é o tempo e utilização dos equipamentos. Conforme o tempo passa, e quanto mais os equipamentos são utilizados, é normal que eles se depreciem.

Gostaria de um exemplo?

Na suposição que sua empresa tem como ativo um carro, conforme este carro vem sendo utilizado, mais desgaste vai sendo observado. Como a pintura perdendo seu brilho ao passar do tempo ou o motor e outros componentes para seu funcionamento também se desgastando com o tempo e sua utilização. 

 
 


Como calcular a depreciação do ativo imobilizado?

Não se esqueça! Quando a depreciação está relacionada a uma atividade de produção, o valor da perda é contabilizado como custo, caso contrário será contabilizado como despesas.

O lançamento contábil deve ser realizado da seguinte forma:

  • D – Depreciação (Conta de Resultado);
  • C – Depreciação Acumulada (Conta Redutora do Ativo Imobilizado).
 
 


Métodos de cálculo da depreciação

Existem diversos métodos para calcular o valor depreciável do ativo ao longo de sua vida útil.

Cada empresa decide qual método utilizar, ou seja, ela irá escolher o método que melhor reflete o padrão de consumo do bem e o que trouxer mais benefícios contábeis para ela.

Seguindo o CPC 27 (Pronunciamento Técnico CPC 27), o método escolhido deverá ser aplicado consistentemente entre os períodos, a menos que tenha alguma alteração nesse padrão, como a alteração da vida útil econômica do bem, por exemplo, e este deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício.

Contabilmente, temos quatro métodos de depreciação com mais destaque. São eles: o método da linha reta (Linear), o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.

Método de linha reta (Linear)

Nesse método, é dividido o custo da aquisição, deduzido do valor residual, pelo número de períodos correspondente à vida útil.

 
 

Este método é o mais utilizado, devido a simplicidade de seu cálculo.

A depreciação encontrada resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, exceto quando o valor residual se altera. Sendo assim, a depreciação está relacionada ao tempo, e não ao uso do ativo em questão.

Método dos saldos decrescentes

Com este método, no início da vida útil de um ativo, o valor da depreciação é maior do que ao final, isso por que ocorre gradualmente a redução do valor da depreciação conforme o bem envelhece.

A taxa de depreciação para calcular é constante durante os períodos. No primeiro período o sistema calcula a depreciação com base nos custos de aquisição e produção do ativo. Nos anos seguintes, o cálculo é baseado no valor líquido contabilístico restante do ativo.

Método de unidades produzidas

Esse método resulta em despesa baseada no uso/produção esperados pelo ativo imobilizado.

Para determinar o valor da depreciação utiliza-se a fórmula:

Depreciação =    Valor original do ativo * Taxa de depreciação

Para encontrar a taxa de depreciação:

 
 

Método da soma dos dígitos

Nesse método é necessário estipular quais são as taxas variáveis durante o período de vida útil do ativo.

O cálculo deste método será:

Vida Útil / Denominador * Valor Inicial do ativo

Para encontrar o denominador da fração deste cálculo, usaremos como exemplo um ativo que possui a vida útil de 5 anos e que seu valor é de R$ 100.000,00.

O cálculo para encontrar o denominador da fração será:

Denominador = 5 + 4 + 3 + 2 + 1  à 15 anos

Para melhor exemplificar, vamos calcular a depreciação até o final da vida útil:

No primeiro ano:

5 / 15 * R$100.000,00 = R$ 33.333,33

No segundo ano:

4 / 15 * R$100.000,00 = R$ 26.666,67

No terceiro ano:

3 / 15 * R$100.000,00 = R$ 20.000,00

No quarto ano:

2 / 15 * R$100.000,00 = R$ 13.333,33

No quinto (e último) ano:

1 / 15 * R$100.000,00 = R$ 6.666,67

  

 
 


Conclusão:

Através do cálculo de depreciação, é possível que gestores de empresas tenham conhecimento no valor real de seus ativos imobilizados, melhorando a gestão do controle patrimonial.

A depreciação é de suma importância para uma empresa, a fim de minimizar gastos com as taxas de impostos (como IR e CSLL), como também fornecer um maior controle patrimonial dos ativos.

Agora que você já conhece a depreciação e como fazer o cálculo, que tal conhecer também:

👉 12 Passos para Colocar sua Gestão do Imobilizado em ordem em 2023 

👉  Como um Software de Controle de Patrimônio pode otimizar sua Gestão do Imobilizado?

👉 Software é considerado Ativo Imobilizado?

 
 

 
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Henrique Guilherme
Henrique Guilherme
Henrique Guilherme é graduado em Ciências da Computação pela Universidade Ibirapuera. Possui cursos e certificações nas áreas de desenvolvimento, manutenção de computadores e finanças. Iniciou a carreira profissional como office-boy, passando a auxiliar administrativo, financeiro, T.I e hoje atua como desenvolvedor web. | LinkedIn: /in/henriqueguilherme

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