Ativos de uma Empresa: O que são e quais os tipos?


Quando falamos sobre a questão financeira de uma empresa, não tem como deixar de lado um dos pilares da contabilidade: os ativos. Eles representam todos os bens e direitos que uma organização possui, desde o dinheiro em caixa até imóveis, máquinas, estoques e investimentos.
Mais do que uma simples exigência contábil, entender a estrutura dos ativos permite que gestores tomem decisões mais estratégicas, otimizem investimentos e fortaleçam a sustentabilidade do negócio.
Alguns exemplos comuns de ativos que costumam aparecer no balanço patrimonial das empresas incluem: dinheiro em caixa, aplicações financeiras de curto prazo, contas a receber, estoques, despesas antecipadas, investimentos de longo prazo, terrenos, prédios, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos, ativos intangíveis como marcas ou patentes e muitos outros.
Quer entender melhor como esses itens se conectam à saúde financeira do seu negócio? Continue a leitura e descubra como aproveitar ao máximo a gestão dos ativos da sua empresa!
- O que são os ativos de uma empresa?
- Quais são as diferenças entre ativos, e passivos e patrimônio líquido?
- Quais são as principais classificações de ativos de uma empresa?
- 5 motivos para gerenciar corretamente os ativos de uma empresa
- Como fazer o controle dos ativos de uma empresa?
- Saiba mais!
O que são os ativos de uma empresa?
Um ativo, em termos de negócios, é um recurso de valor que você possui ou aluga que o ajuda a administrar seu negócio. Esses recursos podem ser itens tangíveis, como computadores e dinheiro para pequenas despesas, ou coisas não físicas, como softwares e marcas.
Ativos, em termos contábeis, são recursos que você pode vender ou converter em dinheiro ou usar para produzir valor. Por exemplo, seu estoque, saldos bancários, contas a receber, etc.
As contas de ativos são um fator importante no balanço patrimonial da sua empresa . Dependendo de como você os encara, os ativos podem se enquadrar em diferentes categorias.
Quais são as diferenças entre ativos, e passivos e patrimônio líquido?
Para entender a saúde financeira de uma empresa, é fundamental saber diferenciar três conceitos centrais: ativos, passivos e patrimônio líquido.
Ativos
São todos os bens e direitos que a empresa possui ou tem a receber, com potencial de gerar benefícios econômicos no futuro. Confira:
- Dinheiro em caixa e em bancos
- Aplicações financeiras
- Contas a receber de clientes
- Estoques
- Imóveis, veículos, máquinas e equipamentos
- Ativos intangíveis (softwares, marcas, patentes)
Os ativos representam o que a empresa usa para operar e gerar receita.
Passivos
São as obrigações financeiras da empresa com terceiros — ou seja, o que ela precisa pagar. Confira os exemplos:
- Empréstimos bancários
- Dívidas com fornecedores
- Tributos e encargos sociais
- Salários e benefícios a pagar
Os passivos surgem de compromissos assumidos e representam os valores que sairão do caixa futuramente.
Patrimônio Líquido
É a diferença entre os ativos e os passivos. Representa o valor que pertence, de fato, aos sócios ou acionistas da empresa.
- Composição do patrimônio líquido:
- Capital social
- Reservas de lucros
- Lucros (ou prejuízos) acumulados
Em resumo, o patrimônio líquido mostra quanto vale a empresa após pagar todas as suas dívidas.
Quais são as principais classificações de ativos de uma empresa?
Os ativos de uma empresa podem ser classificados de diferentes formas, mas uma das mais comuns é com base na conversibilidade em dinheiro ou seja, na facilidade com que podem ser transformados em caixa. A partir disso, temos duas grandes categorias:
Ativos não circulantes
São aqueles bens ou direitos que a empresa pretende manter por um período superior a 12 meses. Esses ativos não são facilmente convertidos em dinheiro no curto prazo, mas geram benefícios econômicos futuros.
Dentro dessa categoria, encontramos algumas subcategorias importantes:
Ativos fixos
São os ativos adquiridos para uso nas operações da empresa, e não com a intenção de venda. Eles permanecem por longo prazo no negócio e ajudam diretamente na geração de receita. Os ativos fixos se dividem em:
Tangíveis: São bens físicos, que podem ser tocados e visualizados, como:
- Terrenos;
- Edifícios;
- Máquinas e equipamentos;
- Móveis e utensílios;
Intangíveis: São ativos sem forma física, mas que têm valor econômico e contribuem com a atividade da empresa. Podem ser classificados como:
- Identificáveis: quando podem ser claramente reconhecidos e separados da empresa, como marcas registradas, licenças, patentes, direitos autorais.
- Não identificáveis: são aqueles que não podem ser dissociados do negócio, como a reputação ou a chamada "goodwill" (fundo de comércio).
Imobilizado em andamento
São bens tangíveis que ainda estão em fase de construção, fabricação ou implantação e que, quando concluídos e prontos para uso, serão incorporados ao ativo imobilizado da empresa. Enquanto isso, permanecem registrados como imobilizado em andamento, conforme definido pelas normas contábeis (CPC 27).
Exemplos:
- Obras civis em execução;
- Instalações industriais em implantação;
- Máquinas em fase de montagem;
Intangível em desenvolvimento
Refere-se a ativos intangíveis que ainda estão sendo desenvolvidos e que poderão ser reconhecidos como ativos, desde que cumpram os critérios estabelecidos pelo CPC 04 – Ativo Intangível.
Exemplos:
- Desenvolvimento de softwares próprios
- Criação de patentes
- Projetos de pesquisa e desenvolvimento em fase de viabilidade
Ativos circulantes
São todos os bens e direitos que a empresa espera converter em dinheiro ou consumir no prazo de até 12 meses, ou seja, no curto prazo. Eles são essenciais para manter a operação do negócio funcionando no dia a dia. Confira os tipos de ativos circulantes:
Caixa e equivalentes de caixa:
Dinheiro disponível e aplicações financeiras de liquidez imediata, como contas bancárias e investimentos de curtíssimo prazo.
Contas a receber:
Valores que a empresa tem a receber de clientes por vendas realizadas a prazo, normalmente registrados em faturas.
Estoques:
Bens armazenados para venda, produção ou processamento, como matérias-primas, produtos em elaboração ou acabados.
Investimentos de curto prazo:
Aplicações financeiras que podem ser resgatadas dentro de até 1 ano e que geram rentabilidade para o negócio.
Empréstimos e adiantamentos concedidos:
Recursos emprestados a terceiros com previsão de retorno dentro do exercício corrente (12 meses).
Passivo Não Circulante
São as obrigações financeiras que a empresa precisa pagar em um prazo superior a 12 meses. Representam compromissos de longo prazo com bancos, fornecedores ou outras instituições. Principais tipos de passivos não circulantes:
Empréstimos e financiamentos de longo prazo:
Dívidas contratadas com prazo de pagamento superior a um ano, como financiamentos bancários e leasing.
Passivos por impostos diferidos:
Impostos que já foram reconhecidos na contabilidade, mas cujo pagamento será realizado futuramente.
Outros passivos de longo prazo:
Compromissos diversos com vencimento posterior a 12 meses que não se encaixam nas categorias anteriores.
Provisões de longo prazo:
Estimativas de despesas que a empresa prevê que terá no futuro, como ações judiciais ou garantias a clientes.
5 motivos para gerenciar corretamente os ativos de uma empresa
Controlar os ativos fixos não é apenas uma exigência contábil é uma estratégia fundamental para manter a operação organizada, evitar prejuízos e otimizar a tomada de decisão. Empresas que não fazem esse controle correm o risco de perdas financeiras, inconsistências fiscais e até problemas legais.
Veja abaixo os principais motivos para investir em uma gestão eficiente dos ativos da sua empresa:
1. Controle total e visão estratégica do patrimônio
Com um sistema de gestão patrimonial, a empresa sabe exatamente onde cada item está, quem é o responsável, qual sua situação atual e quando foi feita a última manutenção. Isso facilita desde uma auditoria até a organização de mudanças internas, evitando retrabalho e perda de tempo.
2. Depreciação contábil mais precisa e segura
A depreciação correta dos ativos é essencial para manter a contabilidade em conformidade com as exigências fiscais. Com um bom controle, é possível registrar corretamente a data de aquisição, valor contábil e vida útil dos bens, garantindo cálculos exatos e evitando autuações da Receita Federal.
3. Redução de custos com manutenção e reposição
Um dos grandes benefícios do controle patrimonial é a possibilidade de implementar manutenções preventivas. Isso aumenta a vida útil dos ativos, evita perdas inesperadas e reduz os custos com substituições emergenciais. Além disso, com dados históricos organizados, o planejamento de trocas se torna mais eficiente.
4. Identificação de ativos ociosos ou inexistentes ("bens fantasmas")
Durante o inventário físico, é comum encontrar itens que estão inutilizados, danificados ou sequer existem fisicamente, mas ainda constam na contabilidade. Com uma gestão estruturada, é possível corrigir essas distorções, dar baixa corretamente e até realocar ativos subutilizados para áreas que precisam deles.
5. Prevenção de perdas e furtos
Sem controle, pequenos furtos ou extravios passam despercebidos especialmente com ativos de menor valor ou alta rotatividade. Um sistema eficaz de gestão permite identificar rapidamente qualquer desaparecimento e implementar medidas de segurança para evitar novos casos, além de contribuir para uma cultura de responsabilidade interna.
Como fazer o controle dos ativos de uma empresa?
Para realizar um ótimo controle de seus ativos você pode optar por diversas ferramentas, mas vamos destacar apenas duas agora.
Planilha
Esta é a opção mais trabalhosa para executar este controle. No entanto, como fazer este controle é essencial, indicamos que você comece desta forma caso não tenha nenhuma gestão hoje.
Para começar, você deve ter uma planilha precisa de todos os ativos de negócios. Este catálogo deve conter a categoria de ativo e a localização.
Sem um inventário de base que calcula todos os ativos, todas as outras fases do processo estarão prestes à imprecisão.
Sistema de controle patrimonial

O software escolhido para gerenciar os ativos precisa ser capaz de rastrear os bens, registrar manutenções, indicar a localização de cada item e gerar relatórios completos e personalizados.
Além disso, é essencial que a ferramenta seja bem estruturada para acompanhar o crescimento da empresa e a expansão do volume de ativos.
Por isso, recomendamos o Software Afixbase uma solução ideal para manter seus ativos organizados e ajudar sua empresa a crescer com mais segurança e eficiência no mercado.
Saiba mais!
Ao longo deste artigo, vimos que os ativos de uma empresa são muito mais do que itens registrados no balanço patrimonial, eles representam o motor que movimenta as operações, sustenta o crescimento e fortalece a tomada de decisões. Compreender o que compõe o ativo, suas classificações é essencial para garantir a transparência, eficiência e competitividade no mercado.
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