Depreciação de Equipamentos de Informática: o que é e como calcular ?


Você sabe quanto sua empresa está perdendo por não controlar corretamente a depreciação dos equipamentos de informática? Computadores, servidores e periféricos são bens essenciais, mas que perdem valor rapidamente.
A depreciação de equipamentos de informática é um tema essencial na gestão de ativos imobilizados e na contabilidade empresarial. Esses equipamentos, como computadores, servidores e periféricos, possuem vida útil limitada devido ao avanço tecnológico e ao desgaste natural, impactando diretamente no valor contábil das empresas.
Além disso, a depreciação influencia diretamente no resultado financeiro das organizações, pois é uma despesa que reduz o lucro tributável e ajuda a planejar a reposição dos equipamentos. A correta classificação e cálculo da depreciação evitam distorções nas demonstrações contábeis e asseguram a transparência para investidores e órgãos reguladores.
Neste artigo, você vai entender como calcular a depreciação de forma correta, quais taxas aplicar segundo a legislação brasileira e como isso impacta diretamente nas finanças e no planejamento estratégico do seu negócio.
Depreciação de Equipamentos de Informática: o que é?
A depreciação é a alocação sistemática do custo de um ativo ao longo de sua vida útil estimada. No caso dos equipamentos de informática, ela representa a perda gradual de valor decorrente do uso, obsolescência tecnológica e desgaste físico.
A depreciação permite que as empresas distribuam o custo desses bens de forma racional e consistente, refletindo a redução do valor econômico desses ativos em suas demonstrações financeiras, conforme orienta o CPC 27 e a Lei 12.973/14.
Exemplos de Equipamentos de Informática

- Computadores desktop e laptops
- Servidores e unidades de armazenamento
- Equipamentos de rede, como roteadores e switches
- Impressoras, scanners e multifuncionais
- Periféricos como monitores, teclados e mouses
Esses ativos são fundamentais para as operações empresariais, mas apresentam rápida obsolescência, o que reforça a importância de um controle rigoroso da depreciação.
Taxa de Depreciação de Equipamentos de Informática

Vale a pena relembrar que devemos ter dois controles de depreciação. A depreciação fiscal (para apuração dos impostos) e a depreciação contábil / societária para fins das demonstrações contábeis (e tomada de decisão/gestão).
A taxa de depreciação fiscal deve seguir a Instrução Normativa RFB 1700/2017 (Anexo III), que determina a vida útil fiscal de equipamentos de informática é de 5 anos, o que implica uma taxa de depreciação de 20% ao ano pelo método linear.
Já a depreciação contábil / societária, essa deve ser determinada através de um estudo da vida útil real do bem dada as condições e política da empresa, pode / deve-se então adotar uma vida útil diferente da vida útil fiscal.
Como Calcular a Depreciação de Equipamentos de Informática
O método mais comum utilizado para o cálculo da depreciação de ativos, especialmente equipamentos de informática, é o método linear. Nele, o valor do bem é reduzido igualmente ao longo de sua vida útil, até atingir o valor residual (se houver).
A fórmula padrão é:
|
Item |
Valor |
|
Custo de aquisição |
R$ 10.000,00 |
|
Valor residual (descarte) |
R$ 0,00 |
|
Vida útil (anos) |
5 |
|
Depreciação anual |
R$ 2.000,00 |
|
Depreciação mensal |
R$ 166,67 |
Essa abordagem favorece o controle patrimonial e a previsão de substituição dos ativos ao final da vida útil.
Como a depreciação de equipamentos de TI impacta as empresas?
A depreciação de equipamentos de tecnologia da informação (TI) afeta diretamente tanto o desempenho financeiro quanto a gestão estratégica das empresas. Veja como:
- Impacto nos resultados fiscais: a depreciação é uma despesa que reduz o lucro contábil, influenciando na apuração de impostos como IRPJ e CSLL.
- Tomada de decisão: permite avaliar com precisão o momento certo de substituir equipamentos, evitando falhas operacionais por obsolescência.
- Controle de ativos: ao acompanhar a depreciação, a empresa mantém um controle patrimonial mais eficaz e evita perdas de patrimônio não registradas.
- Planejamento de investimentos: com dados atualizados sobre a vida útil dos ativos, é possível projetar o orçamento necessário para reposição e upgrades.
- Conformidade e auditoria: seguir critérios técnicos para depreciar os ativos evita problemas com auditorias e garante transparência nas demonstrações financeiras.
Negligenciar o controle da depreciação pode levar a registros contábeis distorcidos, subavaliação de despesas e, consequentemente, decisões equivocadas sobre o uso e renovação de recursos de TI.
Depreciação Acelerada (Fins fiscais)
Empresas tributadas pelo Lucro Real, e que trabalham em mais de um turno, podem aplicar a depreciação acelerada com multiplicação da taxa por 2 (turno parcial) ou 3 (turno integral), conforme previsto no art. 313 do RIR/99. Essa estratégia antecipa o reconhecimento de despesa, reduzindo o lucro tributável e gerando economia fiscal.
Conclusão
A correta depreciação dos equipamentos de informática é essencial para a precisão contábil e o planejamento estratégico da empresa. Utilizar ferramentas e metodologias adequadas garante conformidade com a legislação, evita erros de gestão e contribui para a segurança financeira do negócio.
Caso sua empresa ainda realize esse processo manualmente, vale a pena conhecer as soluções integradas da Afixcode. Com softwares próprios, consultoria especializada, oferecemos tudo que sua gestão de ativos precisa para evoluir.
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