Descubra como funciona ativos imobilizados na contabilidade


A maior parte do custo de um ativo imobilizado é seu preço de compra ou construção. No entanto, os gastos incorridos para colocar a operação em serviço também devem ser incluídos na despesa total do ativo imobilizado na contabilidade.
Dessa forma, registrar corretamente o custo total de um ativo fixo é uma etapa essencial dentro da escrituração contábil. Isso porque esse valor precisa ser capitalizado e lançado no balanço patrimonial como uma operação, e não deduzido diretamente do lucro do período.
Sabemos que esse é um tema mais técnico, e ao longo deste conteúdo vamos te mostrar, de maneira prática, como lidar com essa tarefa de forma mais eficiente dentro da sua empresa. Continue a leitura!
- O que é Imobilizado na Contabilidade?
- O que não pode ser considerado um ativo imobilizado?
- Classificação no balanço patrimonial
- Como calcular o valor contábil do ativo imobilizado?
- Qual o valor mínimo de um Ativo Imobilizado na Contabilidade?
- Por que contar com a ajuda de um software de patrimônio?
- Saiba mais!
O que é Imobilizado na Contabilidade?
Na contabilidade, o termo "imobilizado" refere-se ao conjunto de bens tangíveis adquiridos por uma empresa com o objetivo de serem utilizados de forma contínua em suas operações, por um período superior a 12 meses. São ativos essenciais à atividade da empresa, que não estão disponíveis para venda no curso normal do negócio, mas sim destinados a apoiar a produção, a prestação de serviços, à administração ou outras funções operacionais.
A contabilização correta desses ativos é fundamental para garantir a confiabilidade das demonstrações financeiras, atender às exigências legais e fiscais, além de servir como base para decisões estratégicas relacionadas a investimentos, substituições e reaproveitamento de recursos.
É importante destacar que o reconhecimento e a classificação de um bem como imobilizado devem seguir critérios técnicos previstos em normas contábeis, como o CPC 27 – Ativo Imobilizado, que estabelece os princípios para reconhecimento, mensuração e divulgação desses ativos nas demonstrações financeiras.
Como tal, as empresas podem depreciar o valor desses ativos para contabilizar o desgaste natural devido ao uso ou obsolescência tecnológica.
Quais são os exemplos de ativo Imobilizado na contabilidade?
As instituições compram ativos imobilizados que são recursos que proporcionam benefícios econômicos positivos para gerar receita como parte de suas operações principais.
Obs: produtos para venda (comércio) não são classificados como imobilizados.
Exemplos de imobilizados:
- Edifícios e Terrenos;
- Equipamentos;
- Maquinários;
- Computadores;
- Mesas, cadeiras, móveis em geral;
- Veículos (carros, caminhões).
O que não pode ser considerado um ativo imobilizado?

Ao conhecer o que é ativo imobilizado, vamos aprender o que não é. Desse modo, podemos reconhecer que não são ativos imobilizados os seguintes tópicos:
Propriedades mantidas para investimentos
Terrenos e imóveis mantidos com a finalidade de gerar receita por meio de valorização ou aluguel ou seja, como forma de investimento não devem ser classificados como ativos imobilizados. Nesses casos, a contabilização segue as diretrizes do CPC 28, que trata especificamente das propriedades para investimento.
Ativos Biológicos
Não podem ser classificados nesta modalidade, pois já se encontram na categoria de ativos biológicos, pois eles estão associados à agricultura. Assim, o CPC 29 é a declaração técnica referente a esse modelo de ativo.
Ativos Intangíveis
Ativos intangíveis são aqueles que não possuem substância física como marcas, softwares e patentes e, por esse motivo, seguem regras contábeis específicas. A sua contabilização deve observar as diretrizes estabelecidas pelo CPC 04, que trata exclusivamente desse tipo de ativo.
Classificação no balanço patrimonial

No balanço patrimonial, os ativos imobilizados devem ser classificados no grupo de Ativo Não Circulante. Isso porque se espera que esses bens tragam benefícios econômicos para a empresa ao longo de vários anos, acompanhando sua vida útil.

Mensuração inicial do ativo imobilizado
No momento do reconhecimento contábil, o ativo imobilizado deve ser mensurado com base no seu custo. De acordo com o CPC 27 (item 16), esse custo inclui:
- O preço de aquisição à vista, somado aos impostos de importação e outros tributos não recuperáveis sobre a compra, com a dedução de eventuais descontos comerciais e abatimentos;
- Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessários para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
- Estimativas iniciais dos custos de desmontagem e remoção do ativo, bem como da restauração do local onde ele está instalado. Esses valores devem ser considerados quando a empresa tem a obrigação de realizar essas ações, seja no momento da aquisição ou em razão do uso do ativo por determinado período (exceto quando voltado à produção de estoques).
Mensuração subsequente
Após o reconhecimento inicial, o ativo imobilizado passa a ser mensurado pelo seu valor contábil líquido, que é o custo de aquisição deduzido da depreciação acumulada e de eventuais perdas por irrecuperabilidade (impairment).
Depreciação
O CPC 27 define depreciação como a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.
A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes.
Sempre que possível, a entidade deve mensurar a depreciação para cada componente relevante de um item do ativo imobilizado. Portanto, deve alocar o custo de aquisição do ativo às partes componentes, e depreciá-las separadamente.
Como calcular o valor contábil do ativo imobilizado?

O valor contábil corresponde ao valor registrado do ativo após as deduções de dois fatores importantes:
- A depreciação acumulada ao longo do tempo;
- Eventuais perdas por redução ao valor recuperável (também conhecidas como impairment)
Esse é o valor líquido pelo qual o ativo permanece reconhecido nas demonstrações contábeis da empresa. Sendo assim, o cálculo seria:
Valor contábil = Valor de Custo – Vlr. Depreciação Acumulada - Vlr. Est. Perda por redução ao valor recuperável
Qual o valor mínimo de um Ativo Imobilizado na Contabilidade?
Ao abordar essa questão, é importante considerar que existem duas abordagens contábeis distintas: a contabilidade societária (de caráter gerencial) e a contabilidade fiscal (voltada ao atendimento das obrigações com o Fisco).
Na contabilidade fiscal, conforme estabelece a Lei nº 12.973/2014, artigo 15, devem ser classificados como ativos imobilizados os bens cujo custo unitário seja igual ou superior a R$ 1.200,00. No entanto, a legislação permite que bens com valor inferior também sejam imobilizados, desde que isso esteja previsto na política interna da empresa. Já na contabilidade societária, não há um valor mínimo legalmente fixado para a imobilização de ativos. Nessa esfera, cabe à própria empresa definir, por meio de sua política contábil, os critérios que considera adequados para imobilizar bens. Esse processo deve levar em conta a materialidade, relevância dos ativos e as características do seu setor de atuação. Independentemente da abordagem adotada, é fundamental que a empresa mantenha consistência em seus critérios. Alterar frequentemente a política de imobilização pode comprometer a comparabilidade das informações contábeis e gerar insegurança nos controles internos. Na prática, observa-se que bens com valor acima de R$ 1.200,00 são geralmente imobilizados. Para valores inferiores, especialmente na faixa entre R$ 200,00 e R$ 1.200,00, a decisão costuma variar conforme o tipo de bem e a atividade da empresa. Por exemplo, em uma instituição de ensino, é comum que cadeiras escolares sejam imobilizadas mesmo com valor unitário abaixo do limite fiscal, considerando sua importância operacional e quantidade significativa. Outra prática muito comum , mas como descrito acima não obrigatória, por facilidade sistêmica, uma parcela significativa de empresas adotam o mesmo critério de imobilização para a contabilidade fiscal e societária.
Por que contar com a ajuda de um software de patrimônio?
Se a sua empresa busca melhorar o controle sobre os bens patrimoniais e enfrenta dificuldades para estruturar esse processo, contar com um software especializado pode ser uma solução estratégica. Essa ferramenta contribui para organizar as informações, padronizar os registros e otimizar a rotina de gestão, tornando o processo mais eficiente e menos suscetível a falhas.
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Saiba mais!
Em suma, agora sabemos como funcionam ativos imobilizados na contabilidade de uma empresa. Isso vai facilitar seu trabalho neste setor tão técnico e importante para que sua organização consiga obter êxito no mercado e ganhar concorrência.
👉 Ativo Intangível: O que é e qual sua importância?
👉 Ativos de uma Empresa: O que são e quais os tipos?
👉 Como Contabilizar Ativo Intangível: Cálculos e Exemplos