3 Motivos para Não Implantar o Controle de RFID para Imobilizado

3 Motivos Porque Você Não Deve Implantar o Controle de RFID para o Imobilizado

3 Motivos Porque Você Não Deve Implantar o Controle de RFID para o Imobilizado

RFID para o Imobilizado - Índice
 

Muitas empresas estão se interessando por mudar seus controles de patrimônio para a tecnologia RFID. Mas será que estão no momento certo para essa mudança?

Esse artigo é fruto da observação do mercado nos últimos anos, de relatos de clientes e da nossa própria experiência (acertos e erros) em projetos nos quais implantamos as etiquetas (tags) de RFID para o controle do ativo imobilizado.

O objetivo deste artigo não é desencorajá-lo a adotar essa nova tecnologia, mas sim orientá-lo para que você não seja iludido. Infelizmente, nem todos que atuam no mercado são éticos com seus clientes, e atualmente percebemos que está sendo “vendido” muita ilusão e acredite, já fomos contratados (mais de uma vez) para retirar as tags de RFID e voltar o controle para as placas de alumínio com código de barras.

Agora a pergunta inicial que eu faço é a seguinte: Por que esses projetos falharam? Quanto dinheiro essas empresas perderam? E os responsáveis por esses projetos? Se isso acontecesse na sua empresa, você perderia seu emprego?

Enfim, vamos aos fatos:

1. Implantar o RFID por estar na Moda

Recebemos semanalmente dezenas de solicitações de inventário com RFID e uma das primeiras perguntas que fazemos é por que implantar o RFID ao invés do código de barras? E a resposta da grande maioria é porque é uma tecnologia nova, que é melhor, porque muitas empresas estão adotando...

Investigando e perguntando mais um pouco, percebemos que a maioria não tem nenhum ou muito pouco conhecimento da tecnologia, ouviram alguém falar que é bom ou leram em algum lugar uma aplicação que deu certo com RFID e acham que a tecnologia é a solução para todos os problemas. Sinto informar, mas não é bem assim.

Primeiro, a tecnologia de RFID tem diversas aplicações (estoque, segurança, etc), algumas realmente muito bem-sucedidas com vários cases de sucesso. Mas o imobilizado tem suas particularidades, e a grande verdade é que a tecnologia tem suas vantagens e também suas desvantagens, por isso antes de embarcar em uma furada, estude muito e tenha certeza que o RFID é a melhor opção para sua empresa.

2. Economia nas Revisões Periódicas

 
 

Esse é provavelmente o maior argumento de quem implanta o RFID, economizar, fazer mais rápido as revisões. Porém isso é verdade até certo ponto. E eu vou explicar o motivo pelo qual em muitos casos não há ganho nenhum nas revisões.

Para a revisão ser mais rápida algumas condições são fundamentais, sendo a principal, a empresa deve ter uma política de imobilização perfeita (muito boa e boa não servem), isto é, todos os bens adquiridos devem ser emplaquetados com RFID no momento da aquisição e antes do início da operação. Se a política de imobilização não for perfeita o que acontecerá no momento da revisão?

Vamos a um exemplo hipotético: Suponha que numa sala deveria ter 10 cadeiras e 10 mesas. Aí, você chega para fazer a revisão e lê 8 cadeiras e 10 mesas (leitura em lote das tags de RFID). Mas, visualmente você conta e existem fisicamente 10 cadeiras e 11 mesas. Isto é, existe 1 mesa a mais que provavelmente não foi emplaquetada na aquisição e uma diferença de 2 cadeiras também provavelmente pelo mesmo motivo (podem ser outros). Portanto, infelizmente não existe mágica e você vai ter que passar bem a bem e ver qual não está emplaquetado e então emplaquetar. Agora, qual foi o ganho por ter feito a leitura inicial tudo de uma vez? Nenhum. E para piorar, alguns profissionais mal instruídos podem acabar escondendo a etiqueta de RFID, colam tags sem número visível, o que vai aumentar o tempo para localizar os bens nesses casos onde é necessário verificar um a um.

 
 
 
 

Existem ainda outras variações de inconsistências na revisão, bens trocados de locais, bens faltando, etc. Algumas dessas inconsistências podem ser tratadas com um bom software de inventário patrimonial (como o AfixInv+) e um bom equipamento de coleta de dados (existe muita diferença de leitura entre equipamentos - distância).

Mas o ponto principal que eu gostaria de reforçar é: Se os processos e política de imobilização não forem perfeitos, não haverá ganho ou pouco ganho nas revisões. E então, como são esses processos na sua empresa?

3. Mistura de Aplicações do RFID

Como eu mencionei anteriormente, o RFID pode ser utilizado para diversas aplicações. Uma que eu costumo ouvir normalmente é segurança (diminuição dos casos de furtos). Existem cases muito bem-sucedidos de aplicações de segurança com RFID, mas vale ressaltar que é necessário um profundo estudo para isso. Existem tags de RFID produzidas para as mais variadas finalidades e o erro comum que vejo é tentar utilizar tags mais baratas (feitas para o controle do ativo imobilizado) para aplicações de segurança.

É possível ter uma etiqueta com duas finalidades, mas se esse for o caso, procure se informar e estude o assunto.

Para aplicações de segurança, além das tags serem mais caras, normalmente é necessário a instalação de portais e outros equipamentos/softwares que irão elevar muito o custo do projeto. Na prática, o custo não se justifica para o imobilizado, exceto para bens de alto valor econômico. Portanto, minha recomendação é não tentar justificar a implantação da tecnologia misturando aplicações, se seu foco é a segurança, estude as soluções da tecnologia para segurança, se for o ativo, foque somente no imobilizado.

 

Etiquetas RFID

 


Conclusão: Estude muito antes de Implantar o RFID

Espero que esse artigo tenha sido útil para você que está pensando em implantar o controle do ativo imobilizado com RFID na sua empresa. A grande mensagem que eu gostaria de reforçar mais uma vez é: estude muito a tecnologia e procure fornecedores capacitados antes de tomar uma decisão precipitada.

Eu acredito que no futuro (com a diminuição do custo das tags de e equipamentos de RFID), a tendência será realmente a substituição das placas de alumínio pela as de RFID (ou outra nova tecnologia), mas pela diferença de custo de investimento, a adoção nesse momento deve ser realmente muito bem estudada.

Lei também a continuação desse tema no artigo 6 erros mais comuns na implantação do RFID para controle patrimonial.

 
 

 
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Glauco Oda
Glauco Oda
Glauco Oda é bacharel em Ciência da Computação formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista (CRC 1SP326596), atual CEO da AfixCode Patrimônio e Avaliações, e sócio/diretor da OTK Sistemas e AfixGraf Soluções Gráficas. Carreira profissional toda desenvolvida na gestão do controle do Ativo Imobilizado, tendo participado de todas as fases e inúmeros projetos em mais de 20 anos de atuação profissional. | LinkedIn: /in/glaucooda

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